Obras Sociais Irmã Dulce pedem ajuda para continuar atendendo a população baiana

As Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), um dos maiores complexos de saúde do país com atendimento 100% gratuito, estão vivendo a pior crise financeira da sua história. Responsável pela realização de 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano na Bahia, a instituição da primeira santa brasileira, a Santa Dulce dos Pobres, vem atravessando um momento extremamente delicado, com um déficit operacional de R$24 milhões, valor que ainda pode ser acrescido em R$20 milhões até o final do exercício de 2022 – resultando em um déficit acumulado da ordem de R$44 milhões. Em um pedido de socorro dirigido a toda a sociedade; profissionais, voluntários, pacientes, moradores, religiosos e demais amigos da OSID promoveram na manhã desta sexta-feira (4) um abraço simbólico na sede da entidade, em Salvador. De mãos dadas, eles envolveram as Obras Sociais em um caloroso abraço, pautado pela emoção, pela fé e esperança. A iniciativa, que contou também com um momento de oração no Santuário Santa Dulce dos Pobres, alertou a população para a crise que ameaça a continuidade dos atendimentos prestados a milhares de pessoas que diariamente buscam acolhida na instituição, em especial, os mais necessitados.


De acordo com a superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce, Maria Rita Pontes, a crise financeira é resultado da insuficiência dos valores recebidos em razão dos serviços prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS), derivado de contrato designado de Plano Operativo. O contrato em questão não possui cláusula de reajuste, de modo que a remuneração paga à instituição mantém-se inalterada ao longo dos últimos 5 anos, sendo insuficiente para cobrir os custos dos serviços – cenário esse agravado pela pandemia do novo Coronavírus e pelo crescimento da inflação nos preços dos insumos, especialmente os hospitalares, resultando assim no aumento das despesas com material hospitalar, medicamentos, entre outros itens. “Sempre fizemos muito com poucos recursos financeiros. Só que agora, esse pouco está pouco demais. Neste mês em que homenageamos em memória os 30 anos da passagem de Santa Dulce para o céu, faço aqui o meu apelo a toda a sociedade: precisamos, mais do que nunca, da ajuda de todos vocês para seguirmos atendendo à população, principalmente o pobre, o doente, aquele que mais precisa”, ressalta Maria Rita.


DOAÇÕES – Para ajudar a manter vivo o legado de amor e serviço de Irmã Dulce, é possível doar qualquer quantia através do PIX deuslhepague@irmadulce.org.br; ou efetuar uma doação a partir do site www.irmadulce.org.br/doeagora. Mais informações sobre como ajudar a OSID podem ser obtidas também através da Central de Relacionamento com o Doador, no telefone (71) 3316-8899.


A OSID HOJE – Uma das mais respeitadas instituições filantrópicas do Brasil, a OSID responde por números expressivos de atendimento junto à população:


• 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano na Bahia;

• 2,9 milhões de pessoas acolhidas por ano no estado;

• 23 mil cirurgias e 43 mil internamentos realizados anualmente na Bahia;

• 2,1 milhões de refeições servidas por ano para os pacientes;

• 954 leitos hospitalares somente na sede da OSID, em Salvador;

• 10,8 mil atendimentos por mês a pessoas com deficiência, na capital baiana;

• 9 mil atendimentos mensais para tratamento do câncer em Salvador.

 

Entre o público acolhido pelas Obras Sociais Irmã Dulce, estão pacientes oncológicos, idosos, pessoas com deficiência e com deformidades craniofaciais, crianças e adolescentes em situação de risco social, dependentes de substâncias psicoativas, pessoas em situação de rua e demais usuários do Sistema Único de Saúde. Além da Saúde, a entidade baiana presta ainda assistência à população de baixa renda nas áreas da Assistência Social, Pesquisa Científica, Ensino em Saúde, Ensino Fundamental e na preservação e difusão da memória de sua fundadora.

 

Fundada oficialmente no dia 26 de maio de 1959, a OSID é fruto da trajetória de amor e serviço de Santa Dulce dos Pobres, que peregrinou durante mais de uma década em busca de um local para abrigar pobres e doentes recolhidos das ruas de Salvador. As raízes da instituição datam de 1949, quando Irmã Dulce, sem ter para onde ir com 70 doentes, pede autorização a sua superiora para abrigar os enfermos em um galinheiro situado ao lado do Convento Santo Antônio, na capital baiana. O episódio fez surgir a tradição de que o maior hospital da Bahia nasceu a partir de um simples galinheiro.

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